Hamyle Nobre
Hamyle Nobre (Ex Acadêmica da UEA)
Por: Vanderlan Soares
Hamyle
Nobre, bailarina e coreógrafa, nasceu em Manaus em 1989. Filha de Rosa Ribeiro
e Jeferson Nobre. Como muitas meninas, aos 12 anos de idade Hamyle Nobre
começou sua carreira no universo da Dança. Quando assistiu pela primeira vez a
um espetáculo que sua amiga participou, ficou completamente encantada, e,
naquele momento decidiu que queria ser bailarina. Logo, a convite de sua amiga,
passou a fazer parte daquele encanto, entrando para o grupo “Experimental Cia
de Dança” e permaneceu lá durante 10 anos. Em 2007, Hamyle Nobre começou sua
faculdade de dança na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e se formou em
2012, que no mesmo ano criou uma produtora cultural chamada “ARTRUPE” e também
coordena um núcleo de dança, que é onde Hamyle está hoje.
Vander
Soares: Como foi sua primeira experiência como bailarina?
Hamyle
Nobre: “Na verdade eu já entrei na dança contemporânea. Mas
quando eu era mais nova eu fazia aulas de balé na escola”.
Hamyle
Nobre: “A minha primeira experiência foi na companhia que
falei. Na época que entrei eles estavam ensaiando um espetáculo pra
apresentarem em algum festival (que eu não lembro qual). Eu queria muito
participar, então peguei as coreografias em algumas semanas e dancei. Com o
tempo de prática, fui me aprimorando. Era "Mensageiros do Olimpo" o
espetáculo”.
Hamyle
Nobre: “Chegamos a apresentar esse espetáculo no Teatro
Amazonas em 2002. E foi a primeira vez que dancei lá”.
Vander
Soares: Já participou de espetáculos fora do estado, ou do país? E como isso
contribuiu para o seu amadurecimento.
Hamyle
Nobre: “Meu sonho é fazer temporada de algum espetáculo em
varias outras cidades. Mas nunca tive muitas oportunidades”.
Hamyle
Nobre: “Já viajei com um musical chamado "Flicts",
pra um festival no Amapá. É uma experiência ótima, principalmente pelo
intercâmbio cultural”.
Vander
Soares: Como é o seu dia-a-dia na Artrupe?
Hamyle
Nobre: “É bem variado. Como a gente trabalha com diversas áreas
artísticas, a cada mês (ou a cada semana) é um projeto diferente que estamos
desenvolvendo. E em cada projeto cada um tem funções diferentes também. Por
exemplo, recentemente produzimos um curta-metragem, onde eu fiz a Direção de
Arte. Passamos uma semana gravando direto. Já na outra semana foi mais
tranquila pra mim, o trabalho maior estava com o pessoal que faz a edição. Então
a rotina é assim, instável. E eu gosto muito, porque é um trabalho avesso à
monotonia e mesmice. E a gente está sempre aprendendo algo novo, e fazendo
coisas diferentes”.
Vander
Soares: Quais espetáculos você já dançou e qual mais gostou de dançar?
Hamyle
Nobre: “Bem já dancei muitos. Os meus preferidos são "O
sonho Encantado" de 2005, "Ykamiabas" de 2007 e "Sur la Vie"
(da cia Ateliê 23) desse ano”.
Vander
Soares: Quais suas referencias na Dança?
Hamyle
Nobre: “Pina Bausch (em primeiro lugar,) e Décio Otero e Marika
Gidali, ambos do Balé Stagium de SP, que admiro muito”.
Vander
Soares: Fora a Dança, que outras atividades você costuma fazer?
Hamyle
Nobre: “Gosto muito de assistir peças de teatro e sou fascinada
por cinema também, então vou bastante”.
Vander
Soares: Que tipo de filme você prefere, ação, drama, suspense, comedia, terror?
Hamyle
Nobre: “Drama e comedia. Mas eu aprecio todos os estilos”.
Vander
Soares: Quais são os seus planos para o futuro?
Hamyle
Nobre: “Sabe, eu não costumo fazer planos. Mas eu gostaria
muito de fazer algum intercambio. Morar um tempo fora da cidade”.
Vander
Soares: Qual é o conselho que você gostaria de dar para a nova geração de
bailarinos e bailarinas?
Hamyle
Nobre: “Aconselho que sejam empenhados e não desistam. Haverá
dificuldades, mas elas fazem parte. Acho que todo mundo já pensou um dia em
desistir, mas a vontade é maior e no final, vale a pena. Não há nada mais
prazeroso e gratificante do que trabalhar com o que ama”.